sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Em matéria de materialismo o que não falta é matéria!

Do ponto de vista do cientificismo materialista moderno tudo o que existe, existe no fim das contas por acaso, ou seja, sem a atividade de uma mente inteligente, criadora do cosmos. Em decorrência dessa visão macro a respeito do universo, ou da totalidade das coisas observáveis, teremos por extensão uma visão similar quando falarmos a respeito do homem. Ora, se o universo não tem propósito e existe por acaso o homem sendo partícipe deste também será considerado sem propósito e existente por acaso.

Desse tipo de cosmovisão (materialismo) também depreendemos que os elementos constituintes do universo se comportam de uma determinada maneira chamada de natural, daí vem o termo naturalismo, e que esta maneira de o mundo se comportar é determinada por leis físico-químicas imutáveis e existentes desde o advento do universo.

Bem, as pessoas que defendem o pensamento puramente materialista são logicamente contrários à ideia de Deus e de uma realidade sobrenatural. Alguns dos tais também desprezam o estudo da filosofia e das questões éticas e morais. É claro que nem todos se comportam assim. Mas certa quantidade, que posso dizer ser a maioria, tem sim certo desprezo por estes temas agora supracitados. Como poderíamos esperar a consequência desse desprezo, ou até mesmo falta de atenção, tem gerado muitos comportamentos e afirmações incoerentes demais para ora deixarmos de citar.

Alguns dizem: “Os valores morais são uma convenção social não universal”.  
  
Outros dizem aos religiosos: “Vocês deviam tolerar as outras pessoas, que não acreditam no que vocês acreditam!”.

Ainda há os que falam em dignidade humana, direitos civis, igualdade etc...

Parecem estar cegos. Não percebem que num mundo sem sobrenatural, sem propósito e regido por leis físico-químicas cegas, não há valor algum na existência e muito menos valores como tolerância, dignidade da pessoa humana e igualdade podem ser exigidos. No mínimo, se fossem coerentes, não falariam contra o comportamento dos religiosos, quem quer que fossem, e também não cobrariam comportamentos morais de alguém, pois se eles mesmos afirmam a inexistência de propósitos (mente inteligente) por trás da existência do universo e do homem, como podem fazer julgamentos morais e tentar doutrinar os religiosos aos seus modos? O que na verdade acontecerá numa sociedade que abrace o materialismo é a perda total de valores. Se devemos fazer algo é por que há um propósito naquilo. Sem propósito não há deveres.

Além disso, há mais problemas nestes julgamentos morais incoerentes. É que pressupõem a existência de mentes inteligentes independentes da matéria. Como assim?

Para haver responsabilidade deve haver liberdade e liberdade no sentido que todos conhecem não pode existir se há fatores externos determinando o que fazemos e pensamos. Se leis físicas e químicas não mudam de maneira inteligente, logo não há responsabilidade por nada que se faz. Tudo está determinado assim como uma pedra sempre cairá quando a lançarmos para cima. Assim também tudo já está determinado em nosso cérebro puramente físico, e o que fazemos não é de fato livre, mas uma ilusão determinada por uma evolução química cega.
No entanto, a ideia evolucionária pressupõe a ideia de que somos inteligentes e livres. Mas, se os defensores da evolução química e naturalista nos ensinam que o mecanismo de seleção natural visa apenas à sobrevivência, quem nos garante a validade de nossas faculdades mentais para afirmarmos que nossas conclusões sejam verdade? Portanto o ensino materialista pressupõe, no fim das contas, inteligência e liberdade, para em seguida, veladamente as negar.

Dadas as afirmações dessa postagem acho conveniente concluir que o materialismo é uma contradição em si, que nega aquilo que chamamos de liberdade, responsabilidade e moralidade. Estas coisas são essenciais para a nossa subsistência e pensamento coerente.  

A moralidade por consequência deve ser encarada como universal e decorrente da mente inteligente que criou o universo com propósito. Sendo assim, a moralidade não dependerá de gostos e opiniões pessoais, mas de uma fonte absoluta de propósitos. E deve ser assim ao pressupormos a liberdade. Se somos livres somos seres, pelo menos em parte, sobrenaturais e responsáveis. Alguém poderia argumentar que isso não demonstra a existência de valores morais absolutos. 

Bem, pode ser que este argumento não seja suficiente para isso, mas é suficiente para dizer que deve existir necessariamente algo além da matéria, que a causa ou pode modificá-la. Pelo menos nossa “vontade” é assim. E se há entes assim é muito coerente concluir que o materialismo não é uma cosmovisão aceitável e muito menos praticável. Partindo das premissas destacadas no texto podemos ainda argumentar que a moralidade universal é o que os defensores do materialismo muitas vezes parecem defender quando tentam criticar religiosos, mas na verdade se eles afirmam valores morais absolutos estão de fato afirmando propósitos e isto demanda uma mente criadora do universo e do homem. Como não estou comprometido como o materialismo afirmo sem nenhuma cerimônia que Deus é esta mente.  

Anderson Oliveira  
      

quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

O Absurdo da Vida Sem Deus

O doutor Craig nos falará aqui sobre o sentido da vida. Ela tem algum valor fundamental se Deus não existir? Há algum propósito fundamental na nossa existência? Existimos sem sentido fundamental algum? Como os homens modernos tem olhado essas questões?


    William Lane Craig é PHD em filosofia e Doutor em teologia.