Do ponto de vista do
cientificismo materialista moderno tudo o que existe, existe no fim das contas
por acaso, ou seja, sem a atividade de uma mente inteligente, criadora do
cosmos. Em decorrência dessa visão macro a respeito do universo, ou da
totalidade das coisas observáveis, teremos por extensão uma visão similar
quando falarmos a respeito do homem. Ora, se o universo não tem propósito e
existe por acaso o homem sendo partícipe deste também será considerado sem
propósito e existente por acaso.
Desse tipo de cosmovisão (materialismo) também depreendemos que os
elementos constituintes do universo se comportam de uma determinada maneira
chamada de natural, daí vem o termo naturalismo, e que esta maneira de o
mundo se comportar é determinada por leis físico-químicas imutáveis e
existentes desde o advento do universo.
Bem, as pessoas que defendem
o pensamento puramente materialista são logicamente contrários à ideia de Deus
e de uma realidade sobrenatural. Alguns dos tais também desprezam o estudo da
filosofia e das questões éticas e morais. É claro que nem todos se comportam
assim. Mas certa quantidade, que posso dizer ser a maioria, tem sim certo
desprezo por estes temas agora supracitados. Como poderíamos esperar a
consequência desse desprezo, ou até mesmo falta de atenção, tem gerado muitos
comportamentos e afirmações incoerentes demais para ora deixarmos de citar.
Alguns
dizem: “Os valores morais são uma convenção
social não universal”.
Outros dizem aos religiosos:
“Vocês deviam tolerar as outras pessoas,
que não acreditam no que vocês acreditam!”.
Ainda há os que falam em
dignidade humana, direitos civis, igualdade etc...
Parecem estar cegos. Não
percebem que num mundo sem sobrenatural, sem propósito e regido por leis
físico-químicas cegas, não há valor algum na existência e muito menos valores
como tolerância, dignidade da pessoa humana e igualdade podem ser exigidos. No
mínimo, se fossem coerentes, não falariam contra o comportamento dos religiosos,
quem quer que fossem, e também não cobrariam comportamentos morais de alguém,
pois se eles mesmos afirmam a inexistência de propósitos (mente inteligente)
por trás da existência do universo e do homem, como podem fazer julgamentos
morais e tentar doutrinar os religiosos aos seus modos? O que na verdade
acontecerá numa sociedade que abrace o materialismo é a perda total de valores.
Se devemos fazer algo é por que há um propósito naquilo. Sem propósito não há deveres.
Além disso, há mais
problemas nestes julgamentos morais incoerentes. É que pressupõem a existência
de mentes inteligentes independentes da matéria. Como assim?
Para haver responsabilidade
deve haver liberdade e liberdade no sentido que todos conhecem não pode
existir se há fatores externos determinando o que fazemos e pensamos. Se leis físicas e químicas não
mudam de maneira inteligente, logo não há responsabilidade por nada que se faz.
Tudo está determinado assim como uma pedra sempre cairá quando a lançarmos para
cima. Assim também tudo já está determinado em nosso cérebro puramente físico,
e o que fazemos não é de fato livre, mas uma ilusão determinada por uma
evolução química cega.
No entanto, a ideia evolucionária pressupõe a ideia de que somos inteligentes e livres. Mas, se os
defensores da evolução química e naturalista nos ensinam que o mecanismo de
seleção natural visa apenas à sobrevivência, quem nos garante a validade de
nossas faculdades mentais para afirmarmos que nossas conclusões sejam verdade?
Portanto o ensino materialista pressupõe, no fim das contas, inteligência e
liberdade, para em seguida, veladamente as negar.
Dadas as afirmações dessa postagem
acho conveniente concluir que o materialismo é uma contradição em si, que nega
aquilo que chamamos de liberdade, responsabilidade e moralidade. Estas coisas
são essenciais para a nossa subsistência e pensamento coerente.
A moralidade por
consequência deve ser encarada como universal e decorrente da mente inteligente
que criou o universo com propósito. Sendo assim, a moralidade não dependerá de
gostos e opiniões pessoais, mas de uma fonte absoluta de propósitos. E deve ser
assim ao pressupormos a liberdade. Se somos livres somos seres, pelo menos em
parte, sobrenaturais e responsáveis. Alguém poderia argumentar que isso não
demonstra a existência de valores morais absolutos.
Bem, pode ser que este
argumento não seja suficiente para isso, mas é suficiente para dizer que deve
existir necessariamente algo além da matéria, que a causa ou pode modificá-la.
Pelo menos nossa “vontade” é assim. E se há entes assim é muito coerente
concluir que o materialismo não é uma cosmovisão aceitável e muito menos
praticável. Partindo das premissas destacadas no texto podemos ainda argumentar
que a moralidade universal é o que os defensores do materialismo muitas vezes
parecem defender quando tentam criticar religiosos, mas na verdade se eles
afirmam valores morais absolutos estão de fato afirmando propósitos e isto demanda uma mente
criadora do universo e do homem. Como não estou comprometido como o
materialismo afirmo sem nenhuma cerimônia que Deus é esta mente.
Anderson Oliveira
Muito boa postagem irmão Anderson. Que Deus continue te enchendo de sabedoria, coragem e ousadia para continuar defendendo a Sua Palavra e refutando falsas ideologias contemporâneas que surgem para tentar abalar a fé no Deus bíblico, criador de todas as coisas.
ResponderExcluirVai nessa tua força!
Que Deus te abençoe!
Abraço.
Paz seja convosco!
ExcluirMuito obrigado pela sua participação e ajuda particular. Sabemos que há muita dificuldade para se manter um blog, tendo em vista nossas atividades cotidianas paralelas a essa atividade. Mas até aqui Deus tem nos ajudado. A Ele seja a glória.
E a Sua ajuda tem se manifestado de muitas formas inclusive através de pessoas amigas que nos dão suporte, sugestões, incetivo e etc. Siga conosco e conduza ainda outros mais para este espaço.
Que Deus nos conceda um ano abençoado nas nossas vidas particulares e por extensão nas atividades do blog : Razões da fé.
Um abraço.
P.S Te amo.